Desde meados de janeiro o coronavírus, SARS COVID 19, tornou-se
notícia técnica e pública do que poderia vir a ser.
Providências preventivas, início de alertas etc. poderia ter
sido implementados sem grandes surpresas.
Férias, festas, turismo etc. cegaram as autoridades e
especialistas.
Estamos pagando um sobre-preço estratosférico pela alienação
lúdica.
O que fazer agora?
Lembrando:
Dezembro de 2019
1 de dezembro
Em janeiro de 2020, uma equipe de médicos especialistas
chineses foi encarregado de investigar o início do que é hoje conhecido como o
Coronavírus Wuhan ou pneumonia de Wuhan. A 24 de janeiro de 2020, o seu
relatório foi publicado no The Lancet. A equipe observou em sua revisão dos
registros médicos locais que o primeiro paciente, posteriormente diagnosticado
com o COVID-19, apresentou sintomas pela primeira vez a 12 de dezembro de 2019.
No entanto, a equipe de especialistas encontrou um caso anterior de um paciente
que teve sintomas pela primeira vez a 1 de dezembro de 2019, apontando para uma
origem ainda mais precoce.[9][10][11]
8–18 de dezembro
Além desse caso inicial, entre 8 e 18 de dezembro, foram
documentados sete casos mais tarde diagnosticados com COVID-19, dois deles
vinculados ao Mercado Atacadista de Frutos do Mar de Huanan em Wuhan, cinco
não.[12]
12 de dezembro
A Televisão Central da China, rede pública de televisão
aberta do país, reportou em uma transmissão no dia 12 de janeiro de 2020 que um
"novo surto viral foi detectado pela primeira vez na cidade de Wuhan,
China, no dia 12 de dezembro de 2019."[13]
21 de dezembro
Epidemiologistas chineses juntamente ao Centro Chinês para
Controle e Prevenção de Doenças (CCCPD) publicaram um artigo em 21 de janeiro
de 2019 afirmando que o primeiro grupo de pacientes com "pneumonia de
causa desconhecida" foi identificado em 21 de dezembro de 2019.[14]
24 de dezembro
É reportada a primeira coleta de amostras do vírus para a
realização de seu sequenciamento genético.[15][16][17]
25 de dezembro
É reportado que dois médicos em dois hospitais em Wuhan estão
sob suspeita de infecção e foram colocados em isolamento em 25 de dezembro.[18]
26 de dezembro
Em 26 de dezembro de 2019, um laboratório identificou o
coronavírus das amostras coletadas em 24 de dezembro como sendo o mais próximo
ao coronavírus de síndrome respiratória aguda de morcegos.
27 de dezembro
Em 27 de dezembro de 2019, a sequência praticamente completa
das amostras anteriores foi finalizada e compartilhada ao Instituto de Biologia
Patogênica, Academia Chinesa de Ciências Médicas & Faculdade de Medicina da
União de Pequim (ACCM&FMUP).[16]
29 de dezembro
De acordo com uma publicação do CCCPD em 31 de janeiro de
2020, os fatos que levaram à identificação do 2019-nCoV foram os seguintes:
"Em 29 de dezembro de 2019, um hospital em Wuhan recebeu quatro indivíduos
com pneumonia e reconheceu que todos os quatros haviam trabalhado no Mercado
Atacadista de Frutos do Mar de Huanan, que vende aves vivas, produtos
aquáticos, além de diversos tipos de animais selvagens. O hospital reportou
essa ocorrência ao CCCPD, o que levou a equipe do centro em Wuhan a iniciar uma
investigação de campo em uma busca retrospectiva por pacientes de pneumonia
potencialmente relacionados aos mercado. Os investigadores encontraram
pacientes adicionais ligados ao mercado, e em 30 de dezembro, autoridades de
saúde da província de Hubei reportaram tal grupo ao CCCPD. No dia seguinte, o
CCCPD enviou especialistas a Wuhan para apoiar a investigação e controlar a
situação. Amostras desses pacientes foram obtidas para a realização de análises
laboratoriais."[19]
30 de dezembro
Em 30 de dezembro de 2019, o relatório de sequenciamento
genético do patógeno de um paciente indicou incorretamente a descoberta do
coronavírus da síndrome respiratória aguda grave (coronavírus de SARS ) no
resultado do teste.[16] Após receberem o resultado do teste, diversos doutores
em Wuhan compartilharam a informação pela internet, incluindo o oftalmologista
do Hospital Central de Wuhan, Dr. Li Wenliang, que alertou os alunos de suas
aulas de medicina através do fórum online WeChat que um grupo de sete pacientes
que se tratavam no departamento de oftalmologia não haviam obtido sucesso no
tratamento para sintomáticos de pneumonia viral e foram diagnosticados com
SARS.[16][20][21][22] Por não responderem aos tratamentos tradicionais, estes
pacientes foram colocados sob quarentena num serviço de urgência do Hospital
Central de Wuhan. Na postagem no WeChat, Li falsamente afirmou que "O
Hospital possui muitos casos confirmados de SARS" e "Existem 7 casos
confirmados de SARS".[23] Dr. Li também publicou um trecho de uma análise
de RNA apontando o "coronavírus de SARS" e extensas colônias de
bactérias nas vias respiratórias de um paciente.[24]
Quatro dias após ter feito essas publicações, Dr. Li foi
preso pelo regime Chinês acusado de "divulgar informações falsas" que
"causaram distúrbios graves à ordem social", tendo sido forçado a
assinar um termo onde se declarava culpado e com um aviso por parte das
autoridades chinesas de que "Nós o alertamos solenemente: se você
continuar sendo teimoso, com essa impertinência, e mantiver sua atividade
ilegal, será levado à Justiça. Está entendido?"[25], e por fim por acabou
por contrair o coronavírus de um paciente que tratou, sendo hospitalizado em 12
de janeiro de 2020 e falecendo em 7 de fevereiro de 2020.[26]
Notícias referentes a um surto de "pneumonia de origem
desconhecida" começaram a circular nas mídias sociais.[27][28][29] Os
relatos afirmavam que 27 pacientes em Wuhan (em sua maioria vendedores do
Mercado de Huanan) estavam em tratamento pela doença misteriosa.[29]
Mais tarde no mesmo dia, foi emitido um "comunicado de
urgência sobre o tratamento de uma pneumonia de origem desconhecida" por
parte da Administração Médica do Comitê Municipal de Saúde de Wuhan.[30][31]
Foi notificado que desde o começo de dezembro, "uma série sucessiva de
pacientes com uma pneumonia sem explicação": 27 casos suspeitos no total,
sete dos quais estavam em condição crítica e 18 em condição estável, sendo que
dois receberiam alta em breve.[30] O Comitê Municipal de Saúde de Wuhan também
fez um anúncio público em relação à situação.[32]
Investigações iniciais em relação à pneumonia descartaram a
hipótese de ser gripe sazonal, SARS, MERS e gripe aviária.[33][34]
Durante a noite, a Secretária de Alimentação e Saúde de Hong
Kong Sophia Chan Siu-chee anunciou após uma reunião em caráter de urgência
realizada com oficiais e especialistas: "[quaisquer casos suspeitos] que
incluam a presença de febre e problemas respiratórios agudos ou pneumonia, e
histórico de viagem para Wuhan em até 14 dias antes do início dos sintomas,
colocaremos tais pacientes em isolamento."[29]
31 de dezembro
Em 31 de dezembro de 2019, a China contata a Organização
Mundial da Saúde e a informa a respeito de "casos de pneumonia de
etiologia [causa] desconhecida detectados em Wuhan".[35] Um "aviso
urgente sobre o tratamento de pneumonia de causa desconhecida" foi enviado
ao Centro Municipal de Saúde de Wuhan.[36]
Como resultado do anúncio oficial da Comissão Municipal de
Saúde de Wuhan, Hong Kong, Macau e Taiwan imediatamente fortalecerem seus
processos de restrição de entrada.[37][38]
Qu Shiqian, um vendedor do Mercado de Huanan, reporta que
oficiais do governo desinfectaram as barracas no dia 31 de dezembro de 2019 e
pediram que os vendedores utilizassem máscaras. Qu diz que ele somente soube a
respeito do surto de pneumonia por meio do noticiário. "Antes eu pensei
que eles tivessem gripe", afirma. "Não deve ser nada sério. Nós somos
comerciantes de pescado, como podemos ficar infectados?".[29]
"A televisão estatal da china anunciou que um time de
especialistas da Comissão Nacional de Saúde chegaram em Wuhan no dia 31 de
dezembro de 2019 para liderar a investigação, enquanto o Diário do Povo afirmou
que a causa exata permanecia incerta e seria prematuro especular."[28][29][39]
A Televisão Central da China anunciou que um time sênior de especialistas de
saúde haviam sido enviados para Wuhan e estavam "conduzindo uma relevante
inspeção e trabalho de verificação."[30]
Tao Lina, uma especialista em saúde pública e ex-oficial do
Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Xangai, afirmou: "Penso que
somos [agora] plenamente capazes de acabar com isso em sua fase inicial, dado o
sistema de controle de doenças, capacidade de lidar com emergências e suporte
médico clínico da China."[29]
Janeiro de 2020
1 de janeiro
De acordo com informações fornecidas pelo South China Morning
Post em 13 de março de 2020, autoridades chinesas identificaram, até essa data,
266 pessoas cuja infecção teve inicio no começo de 2020.[40][41][42]
De acordo com a agência estatal Xinhua News, o Mercado por
Atacado de Produtos do Mar de Huanan foi fechado a 1 de janeiro de 2020 para
"renovações".[43] No entanto, no relatório do consórcio datado de 24
de janeiro de 2020 indicam que o Mercado de Produtos do Mar de Huanan tinha
sido encerrado a 1 de janeiro para "limpeza e desinfecção. No entanto, o
vírus só pode permanecer em superfícies por um determinado tempo, o que
inutilizou a ação".[44]
2 de janeiro
A 2 de janeiro, foram confirmados como tendo contraído
(confirmado por laboratório) o 2019-nCoV, 41 casos de pacientes hospitalares em
Wuhan. Vinte e sete dos pacientes (66% do total de 41) tinham estado em
contacto direto com o Mercado por Atacado de Produtos do Mar de Huanan.[45]
Todos os 41 pacientes foram realocados posteriormente para o Hospital Jinyintan
em Wuhan, China.[9]
3 de janeiro
Em 3 de janeiro de 2020, cientistas chineses do Instituto
Nacional de Controle e Prevenção de Doenças Virais (ICDV) determinaram a
sequência genética do novo coronavírus β-genus (nomeando-o de '2019-nCoV') a
partir de espécimes coletados de pacientes em Wuhan, China, e três linhagens
distintas foram estabelecidas.[19]
Autoridades de saúde em Wuhan reportaram 44 casos, um grande
salto em relação aos 27 reportados na terça-feira anterior. Onze dos 44 eram
casos sérios, afirmou a Comissão Municipal de Saúde de Wuhan, embora não
houvessem mortes reportadas até a data. A saúde dos 121 contatos próximos dos
casos também passou a ser monitorada.[46]
Em 3 de janeiro de 2020, Li Wenliang, oftalmologista de
Wuhan, foi convocado pelo Escritório de Segurança Pública de Wuhan onde foi
solicitado que assinasse uma confissão oficial e uma carta de advertência
prometendo para com de espalhar "rumores" falsos em relação ao
coronavírus. Na carta, ele foi acusado de "fazer falsos comentários"
que haviam "perturbado severamente a ordem pública". A carta afirmava
o seguinte: "Nós solenemente o alertamos: se você continuar sendo teimoso,
com tanta impertinência, e continuar sua atividade ilegal, você será levado à
justiça — está compreendido?" Li assinou a confissão assinando: "Sim,
eu entendo."[21]
No final de janeiro, a Suprema Corte Popular repreendeu a
polícia por punir Li e seus companheiros doutores.[24] A polícia de Wuhan
afirmou que Li Wenliang não foi preso ou multado, mas alertado por espalhar que
"Existem 7 casos confirmados de SARS", o que não era verdade.[23]
O secretário do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos
Estados Unidos, Alex Azar, foi alertado em 3 de janeiro que o diretor do Centro
de Controle e Prevenção de Doenças, Robert Redfield, teve discussões com
doutores chineses a respeito do vírus.[47]
4 de janeiro
O chefe do Centro de Infecções da Universidade de Hong Kong,
Ho Pak-leung, alerta que a cidade deve implementar o sistema de monitoramento
mais estrito possível em relação à nova pneumonia viral que infectou dezenas de
pessoas na China continental, considerando que era altamente possível que a
doença estava se espalhando em humano para humano. O microbiologista também
alertou que poderia haver um aumento de casos durante o Ano-Novo Chinês. Ho também
afirmou esperar que a China continental disponibilizasse mais detalhes o mais
rápido possível sobre os pacientes infectados com a doença, tal como seu
histórico médico, para ajudar os especialistas a analisar a doença e permitir
que mais medidas preventivas pudessem ser postas em prática.[48]
O Ministério de Saúde de Singapura afirmou no dia 4 de
janeiro que fora notificado quanto ao primeiro caso suspeito do
"misterioso vírus de Wuhan" em Singapura, envolvendo uma menina de
três anos da China que tinha pneumonia e um histórico de viagem para a cidade
chinesa de Wuhan.[49] Em 5 de janeiro, Ministério de Saúde de Singapura
publicou um comunicado à imprensa afirmando que o caso suspeito divulgado
anteriormente não estava relacionado aos casos em Wuhan e havia testado
negativo para SARS e MERS.[50]
Autoridades chinesas foram criticados por falharem em
divulgar qualquer tipo de informação sobre o "vírus misterioso" que
traduções automáticas de relatórios oficiais sugerem ser um novo
coronavírus.[46]
A OMS aguardou a China disponibilizar informações sobre o
"misterioso novo vírus de pneumonia".[51] A agência das Nações Unidas
ativou seu sistema de gerenciamento de incidentes nos níveis nacional, regional
e global e começou a se preparar para lançar uma resposta mais ampla, caso
necessário. O gabinete regional da OMS em Manila afirmou através de postagens
na rede social Twitter que: "#China reportou à OMS em relação a um surto
de pneumonia em Wuhan, província de Hubei. O governo também se encontrou com o gabinete
de nosso país, e atualizou a @WHO em relação à situação. Ações do governo para
controlar o incidente foram instituídas e investigações em relação à causa
estão em andamento.", no original: "#China has reported to WHO
regarding a cluster of pneumonia cases in Wuhan, Hubei Province.The Govt has
also met with our country office, and updated @WHO on the situation. Govt
actions to control the incident have been instituted and investigations into
the cause are ongoing."[51]
O Instituto de Virologia de Wuhan não respondeu a um email
que solicitava por comentários em relação à origem da infecção.[52]
5 de janeiro
O número de casos suspeitos chega a 59 com sete em condição
crítica. Todos foram postos sob quarentena e oficiais médicos locais começaram
a monitorar 163 de seus contatos. Nesse momento, não haviam casos reportados de
transmissão entre humanos ou de contaminação em trabalhadores de saúde.[53][54]
6 de janeiro
Em 6 de janeiro, autoridades de saúde de Wuhan anunciaram que
continuavam a busca pela origem, mas até o momento haviam descartado a hipótese
de gripe, gripe aviária, adenovírus, e coronavírus de SARS e MERS como sendo o
patógeno respiratório que infectou 59 pessoas em 5 de janeiro.[55]
7 de janeiro
Desde o início da explosão de discussões nas mídias sociais
em relação ao surto da pneumonia misteriosa em Wuhan, China, as autoridades
chinesas censuraram a hashtag #WuhanSARS e começaram a investigar qualquer um
que estava alegadamente disseminando informação incorreta em relação ao surto
nas redes sociais.[56]
O mundo continua a esperar que a China forneça mais
informações a respeito da doença e sobre o que deu início ao inexplicado surto
de pneumonia em Wuhan, décima maior cidade da China.[57]
"O Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA
(CCD) emitiu um aviso de viagem na segunda-feira para viajantes de Wuhan,
província de Hubei, China, devido ao surto de casos de pneumonia de etiologia
desconhecida…"[58]
8 de janeiro
Cientistas na China anunciam a descoberta de um novo
coronavírus.[59][60]
A Coreia do Sul anuncia o primeiro possível caso de vírus
vindo da China, e coloca uma mulher chinesa de 36 anos de idade sob tratamento
isolado em meio à preocupação de que ela houvesse trazido para o país o vírus
de pneumonia que havia adoecido dezenas de pessoas na China continental e em
Hong Kong nas semanas anteriores. A mulher não identificada, que trabalhava
para uma companhia sul coreana próxima à capital Seul, experimentou tosse e
febre desde que retornou de uma viagem de cinco dias para a China em 30 de
dezembro, afirmou o o Centro para Controle e Prevenção de Doenças Coreano em um
comunicado à imprensa. A mulher passou um tempo em Wuhan, China, mas não
visitou o Mercado Atacadista de Frutos do Mar de Huanan.[61]
9 de janeiro
A OMS confirma que o novo coronavírus foi isolado a partir de
uma pessoa que havia sido hospitalizada.[62][63] No mesmo dia, o Centro Europeu
para Controle e Prevenção de Doenças publicou sua primeira avaliação de
riscos.[64] A OMS também reportou que as autoridades chinesas agiram
rapidamente,[62] identificando o novo coronavírus em semanas desde o início do
surto, com o número total de pessoas cujos testes resultaram positivo chegando
a 41.[65] A primeira morte pelo vírus ocorreu em um homem de 61 anos que era
cliente regular do mercado. Ele possuía condições médicas significantes,
incluindo doença hepática crônica, e morrer de insuficiência cardíaca e
pneumonia. O incidente for noticiado na China pela comissão de saúde por meio
da mídia estatal chinesas em 11 de janeiro.[66][67][68][69]
Cientistas chineses relatam na CCTV que encontraram um novo
"coronavírus em 15 de 57 pacientes com a doença na cidade central de
Wuhan, afirmando que fora preliminarmente identificado como o patógeno
responsável pelo surto".[13] Os cientistas anunciaram que o atual
"Vírus de Wuhan", um coronavírus, parecia não ser tão letal quanto o
SARS. Também relataram que o novo surto viral foi primeiro detectado na cidade
de Wuhan em 12 de dezembro de 2019.[13] Adicionalmente, um total de 59 pessoas
foram identificadas como tendo contraído a doença, sete pacientes estavam em
condição crítica em algum nível, e nenhum trabalhador da saúde foi reportado
como tendo sido infectado.[13]
Referências