28. Mais
importante, além de estar na origem de todos os males da economia e das
finanças, é o que vai para o exterior de lucros escondidos das transnacionais,
através de diversas contas do balanço de pagamentos. Eles vêm dos altíssimos
preços que elas praticam aqui dentro: é o mesmo que um imposto, só que pago
pelos brasileiros às empresas transnacionais, em vez de ser pago ao
governo, equivalente a outra carga tributária de 35% do PIB.
29. Do
financiamento dos déficits externos resultantes das transferências em várias
contas do balanço de transações com o exterior, resultou a dívida externa, e
desta saiu a dívida interna, quando faltaram divisas para servir
aquela. Em função disso, os engenheiros brasileiros não têm empregos, e
não se desenvolve tecnologia no País. Ademais, as pessoas ficam até sem saber
para que servem as matérias primas e o preço que deveriam ter.
30. Como reagem os
governos que têm fingido governar o País? Dão dinheiro e crédito barato às
transnacionais e a aquinhoados em novas concessões públicas, como ocorre
com o transporte, portos e aeroportos, estradas com pedágios abusivos
etc. E cortam impostos das transnacionais e outros concentradores.
31. Não reduzem,
porém, os tributos que recaem sobre os cidadãos. Ao contrário, estes são
onerados adicionalmente pelos sobrepreços dos oligopólios, como aponto no
parágrafo 28 acima, e se exemplifica com os bens industriais, de qualidade
sofrível, e, amiúde, custando o dobro de seus congêneres no
exterior.
* - Adriano Benayon é doutor em economia e autor do livro
Globalização versus Desenvolvimento.
Falta dinheiro para tudo, menos no apoio aos mamutes nacionais e internacionais, até quando?
Nenhum comentário:
Postar um comentário