sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Questões levantadas pelo eng Roberto Pereira D’Araujo – Diretor do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico – ILUMINA


Se alguém vendar os olhos, atravessar a Avenida Presidente Vargas ao meio dia e chegar vivo do outro lado, isso não transforma em aceitável o risco que se correu. Se não houver racionamento, seria educativo que o governo refletisse sobre esse exemplo. O problema não se limita a ter ou não ter a penúria de energia, como o governo se vangloria. O que é importante e o que deveria estar sendo debatido é o caminho percorrido até aqui.

Para o instituto ILUMINA, a situação atual apresenta sintomas gravíssimos e, se estivessem ocorrendo em países com melhores instituições, certamente uma profunda reforma já estaria sendo considerada. Exagero? 

1) Quantos sistemas elétricos no planeta geram dívidas cujo montante são equivalentes a duas usinas de Belo Monte ou quatro usinas do Rio Madeira? 

2) Quantos sistemas adotam mecanismos de redução tarifária que causam uma redução de 70% no valor da sua principal empresa geradora? 

3) Quantos o fariam em troca de uma redução pífia para o padrão de parques de base hidráulica? 

4) Quantos sistemas no mundo apresentam um mercado livre cujas variações de preço atingem 7.000%? 

5) Quantos sistemas no planeta obrigam o consumidor a pagar juros por kWh consumido? 

6) Quantos sistemas no mundo subsidiam geração térmica, como está ocorrendo agora?

(P.S.): reordenamento nosso

Acrescentamos:

a) e se o PIB tivesse realmente crescido a taxas módicas?

b) o que aconteceria se a Economia não tivesse sido travada pelo Banco Central?

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